domingo, 6 de setembro de 2015

A CRISE HUMANITÁRIA DO MILÊNIO

Só o amor constrói.

A tragédia humana que vem solapando a humanidade no extremo oriente, com suas consequências para o leste europeu atesta a terrível situação em que se encontra a nossa civilização: o modelo é um equívoco, pois não é capaz de suprir o ser humano do amor do qual necessita para viver em harmonia com os outros e com o planeta como um todo.

Há pessoas que riem quando digo que é preciso haver um regime onde cada ser humano trabalha para o bem de todos, por haver aprendido que esta é a única maneira de salvar o planeta da destruição.

O mundo atual corre risco iminente de um completo colapso.

E não se pode dizer que estou aqui a brincar, quando vejo na TV a cena dantesca de uma criancinha morta, à praia, como uma parte de algo que o mar não quis, apenas porque o mundo não se solidarizou a tempo com aqueles que estão sendo massacrados por bárbaros sem nenhum respeito à vida, sem nenhum apreço por alguém que não seja um seguidor rígido daquilo em que eles acreditam.

Enquanto isso a Europa pára para ver quem socorre a Grécia de um colapso financeiro, porque alguns idiotas do governo grego resolveram ganhar uma grana com papéis podres.

E de repente, no velho continente, começaram a surgir de todos os lados pessoas desesperadas, numa busca cega por um lugar onde possam viver com dignidade, e encontram fronteiras cerradas, de um mundo capaz de gerar uma calamidade com potencial de ceifar bilhões de vidas, apenas porque alguns imbecis não querem que o seu castelo de cartas desabe.

Porque é preciso ganhar dinheiro. É preciso reverenciar o deus dinheiro. 

"Ainda que eu falasse a língua dos anjos e dos homens, mas não tivesse dinheiro eu nada seria." 

O protetor da Babilônia, Marduk, não permitiria que seu império ruísse em frangalhos, para que o ouro pudesse assim ser substituído pela solidariedade. 

Marduk, vou apelildar assim o espírito do capital, o pai da mais valia, o opressor.

Marduk não quer que a bala, e o aparato policial seja substituído pelo livro, e pela cultura.

A cabeça de Marduk é uma cupula de aço, onde reunida está toda a elite global, exigindo dinheiro.

Não há muitos acordos para acabar com a fome, como se mostrou preocupação do ex-presidente Lula.

Não existem grandes consórcios de ajuda humanitária.

Pois Marduk se compraz mesmo é em propagar a guerra, e gastar três vezes mais o que usaria para acabar com a fome.

Esse espírito do capital, é um deus ganancioso que se apodera mensalmente de quarenta por cento de tudo que o país recebe, os banqueiros internacionais com seus papéis de compromissos firmados por antigos imperadores.

Esse é o monstro que se sobrepõe ao anseio de liberdade das multidões.

E de repente Marduk resolve que a melhor estratégia é derrubar governos democraticamente eleitos, através de campanhas de mídia, e outras organizações, porque isso pode ser interessante para a cúpula, porque isto vai lhes custar menos dinheiro, mas as promessas de ganhos são avultantes.

Talvez nem tanto por uma ordem global organizadora de todos estes eventos, mas como um resultado natural do "mercado", onde o que importa é garantir a nossa parte, e os outros que se virem.

Precisa existir mais empenho da sociedade civil para criar o espírito de solidariedade, no qual o bem de um é tão importante quanto o bem de todos. Fazer isto se tornar senso comum. Só assim é possível começar a dar jeito na nossa civilização.

Não é só uma questão de dinheiro.

Vai muito além disso.