Era a imagem de uma bela jovem universitária, com um cartaz nas mãos, onde se lia: "OLAVO TEM RAZÃO".
A conclusão é que a mídia conservadora e golpista conseguiu adentrar o senso comum, em um vasto contingente de pessoas pelo Brasil afora.
Com o aval da Lava-jato, a engenharia de opinião praticada pela Rede Globo, Veja e congêneres dá sinais de ter alcançado uma boa parcela da população. E é bem possível que se trate da maioria.
A esquerda, que parcamente tem se defendido, perde terreno para a opressiva campanha midiática, para os usurpadores da ingenuidade alheia, e a coletividade começa a dar sinais de querer um movimento à direita, como tábua de salvação.
Resta-nos torcer para que algum gesto do governo, ou mudança de quadro econômico possa abrandar essa desgastante campanha da Lava-jato, onde a direita é blindada, e cujo foco é acabar com o último suspiro de centro-esquerda, o PT que se aguenta como um joão bobo destemido, mas que pode furar a qualquer momento.
O PT não vai afundando por ter praticado uma má administração, pois todos os indicadores mostram que houve uma gestão competente.
Vejamos o nosso PIB, por exemplo, que era de 534 milhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois. Para subir, extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.
E vou citar apenas esse dado para não ser maçante, pois quanto aos indicadores de desenvolvimento econômico e social, em relação a qualquer outro governo o PT é imbatível.
Então porque dá sinais de afundar? Por que vai se tornando uma pálida estrela para milhões de brasileiros, muitos dos quais ainda no frescor dos verdes anos?
É fruto de erros políticos graves, em um país onde a oposição conservadora usa de todos os meios para atingir o seu fim, o poder.
É consequência de se ter ignorado a campanha difamatória da mídia, a persistência dos veículos de comunicação, uma concessão pública, no sentido de não dar publicidade às boas práticas do governo.
De tal modo que em geral os brasileiros mal souberam os avanços, as realizações, e o rumo desenvolvimentista que foi colocado em movimento pelos governos de Lula e Dilma.
Hoje, muitos chamam a presidenta de "anta" ou "jênia", numa manifestação de profundo desrespeito, de um grosseiro machismo, e por que não dizer, de um padrão criado em campanhas nas redes sociais.
É... O partido não soube se defender...
Em nome da liberdade, mantiveram-se acuados diante do bombardeio midiático.
Faltou o pulso firme de um Hugo Chavez, de uma Cristina Kirchner para regular a mídia, contendo extravagâncias antidemocráticas.
Dar liberdade para a campanha difamatória diária, que envenena a opinião pública, não é fazer um bem para a democracia.
Não criar um canal de comunicação com o povo brasileiro, preferindo um isolamento, onde o que há de próspero não ganha o entusiasmo dos corações ávidos pela boa informação, não tem ajudado a melhorar a relação das massas com o poder público.
Só nos resta torcer para que os ventos mudem.
Aguardar os desdobramentos, onde quem sabe, ao cessar a onda do impeachment, o correr dos anos, o trabalho desenvolvido possa ser mais evidente para o público, e a aprovação do governo venha a melhorar.
O que tem mantido a força do PT ainda é o fervor de sua militância, mas mesmo entre os companheiros começa a despontar uma impaciência, uma frustração que faz muitos abandonarem o barco.
Agora, mais do que nunca, é tempo de permanecermos unidos.
Resta aos militantes fazer o trabalho de gigantes, segurando a onda conservadora e reacionária que quer se apoderar do Brasil.
Não é só pelo partido, mas pelo nosso povo. Por saber que o PT demonstrou capacidade para agir pelo bem do Brasil muito acima de todos os adversários reunidos.
