Imagine uma pessoa, que tem tanto amor pelo próprio país, que em nome desse amor decide lutar por uma sociedade mais justa, mais livre e igualitária.
Alguém que sonhava com uma maneira de combater a injustiça social que naqueles tempos foi ampliada a níveis inaceitáveis.
Tempo em que a liberdade foi cerceada. Tempo da Casa Grande, fazendo do país uma senzala.
Esta jovem decidiu lutar contra o terror do golpe que implantou a ditadura militar, e vinculou-se ao Comando de Libertação Nacional (COLINA) e posteriormente à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares.
Ela não foi alguém que viu seu país ser subjugado por golpistas, por homens de mentalidade arcaica, brutos, destituídos do menor discernimento sobre o bem comum, hipócritas egoístas, vendidos ao capital internacional, subservientes dos EUA, covardes, apátridas, que implantaram com o duro tacão dos seres perversos como Hitler, Stálin ou Mussolini, uma ditadura militar no Brasil... Ela não viu seu país sofrer esse terrível golpe e se acomodou, não fugiu, não se refugiou na proteção de sua classe social... Ela foi à luta, dando vazão ao seu ímpeto natural de se dedicar ao bem comum.
Subjugada por forças terríveis, lá vemos a nossa heroína ser presa e torturada, e vendo-se obrigada a adotar uma nova estratégia de luta. Agora não era mais a luta planejada nos porões da resistência à ditadura. Era acima de tudo a luta contra a dor, para não entregar seus companheiros, para que ainda pudesse arder a chama da esperança de libertar o Brasil das mãos desses fascínoras.
A jovem resistiu. Sobreviveu e não disse a verdade. Pelo amor dos outros e do Brasil, aguentou o impossível, e mentiu.
Conseguiu ser libertada, e no Rio Grande do Sul reconstruiu a vida ao lado de um companheiro, e ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista. O mesmo trabalhismo que ela hoje defende, no Partido dos Trabalhadores.
Nos tempos mais terríveis da história do Brasil, Dilma se juntou à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares... Palmares do quilombo, da insurreição dos negros contra a opressão dos brancos escravocratas. A insurreição dos que querem ser livres, contra a tirania dos abastados, que se achavam com direito de propriedade sobre vidas humanas.
Assim também os golpistas se acham com direito de propriedade sobre o Brasil, e os insurgentes são aqueles que pretendem que o Brasil seja como no bordão do primeiro mandato de Dilma Roussef presidente da república: UM PAÍS DE TODOS.