terça-feira, 10 de março de 2015

ANALISANDO A GOVERNABILIDADE



A questão da governabilidade é um dos maiores problemas da maneira como a política é conduzida neste país.

Fala-se da problemática relacionada ao financiamento privado de campanha, mas a necessidade de fazer conchavos para viabilizar as propostas de governo é outra séria ameaça ao pleno exercício da democracia.

Isto é algo grave, pois, em função de conflitos de interesses, pode se tornar praticamente impossível para um governo implementar medidas que sejam contrárias ao projeto dos partidos da oposição.

Partidos que foram derrotados nas eleições, e naturalmente passarão a ocupar o congresso na condição de opositores, podem se tornar inimigos tão ferrenhos do atual governo, que farão de tudo para prejudicar o livre andamento das propostas governistas.

É terrível que o que é de importância prioritária para o bem estar da população, que está sob a tutela do estado, seja vítima de uma peleja partidária, muitas vezes tão neurastênica que o bem do povo é deixado completamente de lado, visando unicamente a sabotagem ao atual líder do executivo.

É assim que têm se comportado os partidos da oposição, e o quadro torna-se ainda mais grave, quando parte dos partidos da base aliada, famintos por um impeachment, para então assumir o poder, ou por desejarem mais concessões e cargos, começam a se dividir, e uma boa fatia começa a se aliar aos opositores mais ferrenhos.

Qual o governo que pode ser bem sucedido nestes casos?

Foi por isto que surgiu num passado recente a idéia de se fazer um mensalão, para obter o apoio que pudesse garantir a governabilidade, o que é absolutamente inaceitável.

Analisando dessa forma, precisamos incluir na reforma política alguma pauta que tenha a ver com uma análise mais profunda sobre a viabilidade dessa forma de governança.