domingo, 9 de agosto de 2015

DILMA FOGE DO PROBLEMA

Dilma Vana Roussef tem uma biografia permeada de histórias de luta. 

Sua atuação em defesa da democracia nos idos de 64 foi um momento de grande bravura em sua história pregressa.

Quantas pessoas podem se orgulhar de dizer que enfrentaram os monstros escondidos nos porões da ditadura e sobreviveram?

Isto deve servir como um atestado de sua coragem.

Os anos passam.

Dilma reeleita presidenta, se defronta com a velha problemática da mentalidade reacionária ainda muito inserida nas crônicas da política brasileira.
O golpismo no Brasil é renitente e severo, não retrocede, não capitula diante dos avanços da sociedade, dos meios de comunicação, nada disso.
Aqui o intento de açambarcar o poder, que é muito entranhado em partidos de direita, sempre retorna quando o país se vê comandado por um projeto desenvolvimentista, que prioriza a ação social.

E por isto vê-se a presidenta às voltas com as intermináveis arengas dos chauvinistas de casaca da Casa Grande.

É um atraso. Não parece intercessão de alguém interessado em ajudar. São criaturas que não tem apreço pelo trabalho e pelo emprego dos outros.
Criam uma sensação de desconfiança nos investidores internacionais. Um clima de instabilidade.

As suas tramas odientas, que já não fazem mais nem questão de camuflar, vão sendo desfiadas como um rosário de intrigas, que pouco a pouco vai minando a imagem de seus adversários.

Política, na essência do termo, é a arte de fazer convergir divergências, em busca de um bem em comum acordo traçado.

Mas no caso nacional a política vira sinônimo de tudo que fere a harmonia e o equilíbrio dos poderes.

Não há governabilidade, porque um monte de recalcados, deformados de espírito, aloprados, pessoas de compreensão prejudicada, que foram eleitos apenas porque tinham dinheiro ou muita lábia, e não por sua sabedoria, insistem em se postar na passagem, obstruindo a ordem e o progresso.

Contudo a presidente se mostra como uma inabalável dama, que não responde provocações, que não toma atitudes firmes de confronto com os opositores raivosos.

Certamente, em seus tempos de torturada, ela aprendeu que reagir, nesse caso, seria perder a batalha. E quiçá sua postura firmemente passiva foi o que lhe rendeu a vitória.

Talvez ainda seja esta a sua orientação no embate que permanentemente enfrenta, sem forças para se impor perante adversários contumazes como a mídia, e tantos outros. 

Sua presença de mulher, pondera.

Existem muitos interesses em jogo.

Neste caso realmente não se pode cogitar qual a melhor decisão: enfrentar, ou suportar adversários como a Rede Globo, e a revista Veja. Ou alguns insubordinados da PF, por exemplo.

Existem ações que fogem ao nosso poder, mas existem outras que só dependem de nossa própria e firme escolha.

Vou citar o exemplo da atitude passiva da presidente, em se tratando de um incidente recente, quando de sua visita aos Estados Unidos. 
Durante a visitação à universidade de Stanford, Dilma com sua comitiva se vê importunada pela intrusão de um indivíduo saído das redes sociais, se comportando como o mais desbocado troll de um chat sobre política. O mesmo se dirige à presidenta da maneira mais hostil e desrespeitosa, porém, tanto Dilma como os responsáveis por sua segurança não dão uma resposta imediata no sentido de exigir a retirada do inoportuno penetra.

São gaps desse tipo que fazem com que a dirigente da nação perca o pulso na hora de reagir frontalmente contra opositores como Eduardo Cunha, e sua legião de achacadores.

Também teve aquele fato lamentável da pessoa que produziu adesivos do estupro da presidente por uma bomba de gasolina. A dignatária do cargo maior da república também não determinou pessoalmente uma rigorosa investigação contra a pessoa que alimenta esse tipo de postura machista e violenta.

Há certos momentos em que lutar é a única resposta possível.

Por isto esperamos que a presidenta tenha forças para reagir contra os ataques os mais variados contra sua pessoa, não só pelo bem da nação, mas também pela vitória do seu próprio desígnio sobre as forças da psiquê que a impedem de lutar.